24/03/2011

USUÁRIO.... DE VOLTA A SOCIEDADE DIFICIL RETORNO

A presença da família é importante durante todo o processo de tratamento da pessoa que apresenta dependência e fundamental também na etapa da reinserção social do ex-usuário de crack. Após o término da fase intensiva de tratamento e com o retorno ao meio familiar, o restabelecimento das relações sociais positivas está diretamente relacionado à manutenção das transformações. Segundo Fátima Sudbrack, psicóloga e professora da Universidade de Brasília (UnB), um dos primeiros passos para o processo de reinserção social é evitar o isolamento do usuário. “É uma ilusão achar que só a internação vai resolver o problema. Na verdade, a desintoxicação é só uma parte do tratamento, pois o mais importante é a reinserção social. É importante que o dependente saiba com quem pode contar”, explica. É fundamental que a família reconheça que ele está em um processo de recuperação de dependência, compreenda suas dificuldades e ofereça apoio para que ele possa reconstruir sua vida social. “Durante o tratamento os familiares e amigos podem e devem apoiar o dependente, se possível com ajuda profissional. O principal risco para um ex-usuário é se sentir sozinho, desvalorizado e sem a confiança das pessoas próximas”, diz Fátima. A capacidade de acolher e compreender, estabelecer regras claras de convivência familiar, a demonstração de um interesse real em ajudar e de compromisso com a recuperação, além do respeito às diferenças e da manutenção de um ambiente de apoio, carinho e atenção, são atitudes que contribuem para melhorar a qualidade de vida do ex-usuário e ajudam na prevenção de recaídas. “De forma geral, no início é preciso exercer um controle maior sobre as atividades do indivíduo, manter uma rotina mais rigorosa, com acompanhamento. É preciso oferecer toda a ajuda possível, manter uma proximidade maior. O que faltou antes vai ter que ser fortalecido neste momento”, afirma o médico Mauro Soibelman, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É o chamado manejo firme e amigável, expressão usada por psiquiatras especializados no tratamento de dependentes químicos. “Não significa ser autoritário e bruto, apenas firme no propósito de manter o usuário longe do crack”, completa o especialista. De acordo com Raquel Barros, psicóloga da ONG Lua Nova, é preciso dar espaço para a pessoa recomeçar. “Não se trata de fazer de conta que nada está acontecendo, mas de não focar a pessoa só nisso”, ressalta. A procura por um trabalho e a volta aos estudos deve ser incentivada. “É fundamental ocupar o tempo em que o dependente fumava crack com atividades saudáveis, seja com estudos, trabalho, esportes ou caminhadas”, diz Mauro Soibelman. Hábitos sociais Situações de convívio social fora do ambiente familiar tendem a ser desafiadoras para o ex-usuário de crack. Para a psicóloga Fátima Sudbrack, não é recomendado que a pessoa volte a freqüentar casas noturnas, bares ou mantenha contato com amigos que fazem uso de drogas. “Não podemos pedir que a pessoa abandone tudo o que fazia, mas é bem difícil retornar a esses lugares e não voltar a consumir a droga”, diz. O uso de drogas lícitas, mesmo de forma moderada, não é recomendado pela maioria dos especialistas. “O cigarro é mais tolerável, apesar de controverso. Mas o álcool é um grande problema. Mesmo em baixas doses, a bebida alcoólica afrouxa as defesas do usuário e se torna um facilitador para recaídas”, explica Soibelman. Para a psicóloga Fátima Sudbrack, o dependente tende a compensar a ausência do crack com outra droga mais acessível. “Fazendo o uso de álcool e outras drogas ele não vai se recuperar, mas apenas buscar satisfação em outro produto”, diz. fonte site do governo federal é mais uma das lutas após livrar-se do mal das drogas em especial o crack ser reencerido na sociedade ha muitas portas a bater e caminhos a seguir sem apoio da familia não ha volta. FORÇA E HONRA

18/03/2011

ADOLESCÊNCIA, GRAVIDEZ E DROGAS

O que leva os adolescentes a praticar sexo, com alto risco de contrair gravidez, e usar drogas? Algumas pessoas talvez não achem que a gravidez de adolescentes seja um problema assim tão sério. No entanto, segundo a "Folha de S. Paulo", no Brasil, "698.439 partos em adolescentes de até 19 anos foram realizados pelo SUS em 1998 . . . 31.857 dessas parturientes eram meninas entre 10 e 14 anos, uma idade em que, convenhamos, a gravidez é absurda". Mas quais as conseqüências, para a jovem, da gravidez precoce? Podem ser muito variadas, de pessoa para pessoa. No entanto, de maneira geral, elas se sentem assustadas, envergonhadas e despreparadas para enfrentar os desafios da maternidade responsável; a maioria delas não consegue terminar o ensino médio, e acaba perdendo sua juventude, pois têm de se preocupar em trabalhar para sustentar o filho, ao passo que a maioria das colegas de sua idade se preocupam com roupas e notas; elas nem sempre podem dar uma educação de qualidade para o filho, que acaba sendo cuidado por alguma parente ou por uma babá mal paga; Muitas se precipitam em casar com o pai da criança, para evitar o constrangimento de ser mães solteiras, o que pode resultar em mais filhos num casamento com poucas chances de ser duradouro. Isso quando o pai concorda em casar com a mãe adolescente, o que acontece apenas na minoria dos casos. Para os bebês, as conseqüências podem ser bem mais graves. Em alguns casos, eles nem recebem a oportunidade de nascer, sendo vítimas de assassinato dentro do útero, ou seja, aborto provocado. Mesmo quando a mãe tem coragem de assumir a gravidez, o bebê tem maior probabilidade de nascer prematuro e com peso abaixo do ideal, aumentando os riscos de mortalidade infantil, cegueira, surdez, problemas respiratórios crônicos, problemas mentais, paralisia cerebral, dislexia e hiperatividade. Além disso, o filho de mãe adolescente costuma estar mais exposto a violência e maus tratos que os filhos de mães com mais idade, ter sentimentos de baixa auto-estima e cair num círculo vicioso de uso de drogas e comportamento auto-destrutivo, o que pode resultar em também serem pais ou mães adolescentes. Sendo assim, porque o sexo e a gravidez na adolescência se tornaram tão comuns? Em alguns casos, famílias desfeitas ou mal estruturadas, abusos sexuais, físicos ou verbais e outras circunstâncias desfavoráveis podem gerar nas jovens um sentimento de baixa auto-estima, o que leva a sentimentos de inutilidade e um comportamento inconseqüente, como se a única forma de obter atenção fosse por meio da atração sexual, e a única forma de ter uma família verdadeira fosse tendo seus próprios filhos. Algumas adolescentes começam a praticar sexo por curiosidade, outras por medo de serem consideradas antiquadas ou desinteressantes, muitas por pressão do namorado, e muitas outras simplesmente por ser o que todo mundo está fazendo. No entanto, muitas simplesmente não sabem que o sexo pode levar à gravidez (você já notou que na televisão todo mundo pratica sexo, e ninguém engravida ou contrai alguma doença sexualmente transmissível?), e algumas têm excesso de autoconfiança (não conseguem acreditar que isso possa acontecer justamente com elas, mesmo que não estejam usando nenhum método contraceptivo). No entanto, foi a mudança de conceito sobre o sexo que teve a maior influência no aumento da gravidez precoce. Hoje em dia, o sexo fora do casamento é considerado algo normal, e falar de castidade antes do casamento é considerado completamente ridículo. Muitos pais providenciam camas de casal para seus filhos adolescentes, argumentando que, já que não dá para evitar que os filhos pratiquem sexo, é melhor que façam isso em casa. Ser mãe solteira já não é considerado tão vergonhoso, e em algumas regiões, algumas adolescentes até mesmo se orgulham de serem mães. De forma que muitos estão descobrindo que a melhor maneira de evitar doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência é voltar aos antigos padrões familiares. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Governo promove abertamente uma campanha de abstinência sexual entre os solteiros, e os que aderem a esta campanha gostam de se identificar usando uma aliança de prata. No Brasil, onde as campanhas educativas simplesmente sugerem o uso de camisinha, o problema só vem aumentando. E QUANTO ÀS DROGAS? A revista "Despertai" de 8 de julho de 2001 explica o que leva tantos jovens a usarem drogas: "A pressão dos colegas sem dúvida tem um papel importante em iniciar muitos no mundo das drogas. Os jovens em especial são suscetíveis a essa pressão. Muitos jovens que experimentaram drogas pela primeira vez provavelmente a receberam de algum 'amigo'. Além disso, o exemplo dos ídolos do mundo do entretenimento exerce uma influência fortíssima sobre os fãs jovens. "Muitos outros fatores contribuem para o aumento no uso de drogas. Entre esses estão desilusão, depressão e falta de objetivo na vida. Outras razões são problemas econômicos, desemprego e o mau exemplo dos pais. Alguns que têm dificuldades nos relacionamentos humanos usam drogas para ajudá-los a enfrentar eventos sociais. Acham que as drogas aumentam sua confiança, fazendo com que se sintam espertos e apreciados. Outros acham mais fácil usar drogas do que assumir as responsabilidades da vida. " Parece que os avisos sobre os danos que as drogas podem causar não assustam os jovens. Em geral eles têm a atitude de que 'não vai acontecer comigo'. O livro 'Talking With Your Teenager' (Como Conversar com seu Filho Adolescente) explica por que os adolescentes ignoram os avisos a respeito dos efeitos das drogas sobre a saúde: 'Eles são tão resistentes e cheios de vida que não acreditam que sua saúde possa ser afetada. Essa sensação de "invulnerabilidade" é muito comum nos adolescentes. Para eles, o câncer de pulmão, o alcoolismo e o vício em drogas pesadas são coisas que acontecem com os mais velhos, não com eles'. " Em muitos casos, a falta de disciplina e supervisão dos pais contribui para o problema. Alguns pais estão tão atarefados com seu trabalho ou outras atividades rotineiras que nem percebem que seus filhos estão usando drogas, ficando chocados e sentindo-se traídos quando descobrem o que está acontecendo. Outros pais, que sofreram com o abuso de autoridade quando eram crianças, tentam ser diferentes e acabam dando excessiva liberdade aos filhos. No entanto, depois que estão viciados, fica difícil largas as drogas. Elas podem causar uma sensação de euforia e bem-estar, ao passo que a realidade pode ser bem diferente. Alem disso, há os sintomas da abstinência, que podem ser terríveis. Por isso, o ideal é nunca experimentar. O que se pode fazer para ajudar os jovens? Uma boa comunicação entre pais e filhos e um ambiente familiar caloroso é muito importante. Mas, acima de tudo, incutir nos filhos, desde crianças, o amor a Deus e o respeito por suas leis pode ser a melhor motivação para ajudar os adolescentes a evitarem as drogas, o sexo e a gravidez na adolescência. (Algumas informações foram retiradas da revista "Despertai" de 8 de outubro de 2004.) sera que estamos cuidando bem de nossos filhos??? será que estamos no caminho certo??? a cada dia esta pior cuidar de nossos filhos mas se cada um de nós fizer sua parte podemos minimizar alguns problemas futuros mas todos tem de participar e não ficar só criticando então PAIS, MÃES, TIOS E TIAS ETC... deven ficar atentos . FORÇA E HONRA

15/03/2011

O CRACK...

O crack e a maconha são drogas com efeitos diferentes. Uma vez que o crack deixa o indivíduo mais impulsivo e agitado, e gera dependência e fissura de forma intensa, ele termina tendo um impacto maior sobre a saúde e as outras instâncias da vida do indivíduo do que, em geral, se observa com a maconha. Em relação à cocaína, apesar de serem drogas com a mesma origem, o efeito do crack é mais potente do que a cocaína inalada. Por ser fumado, o crack é absorvido de forma mais rápida e passa quase que integralmente à corrente sanguínea e ao cérebro, o que potencializa sua ação no organismo. É possível se recuperar da dependência do crack. O usuário deve procurar tratamento adequado e contar com apoio familiar, social e psicológico para superar a dependência química. O crack é amplamente consumido na região de São Paulo e avançou rapidamente para a maioria dos grandes centros urbanos de todo o país. Porém, já existem relatos de cidades do interior e mesmo de zonas rurais afetadas por problemas relacionados ao tráfico e consumo desta substância. Apesar de ser absorvido quase totalmente pelo organismo, apenas o uso recorrente do crack causa dependência. Diferentemente de outras drogas, entretanto, o crack causa sensações intensas e desagradáveis quando seus efeitos passam, o que leva o usuário a repetir o uso. Esta repetição, junto com o efeito potente da droga, leva o usuário a ficar dependente de forma mais rápida. O crack foi considerado inicialmente uma droga “de rua”. Por ser barata e inibir a fome, muitos moradores de rua e pessoas em situação de miséria recorrem à droga como medida paliativa. O contexto social do usuário também é um fator agravante - é mais comum uma pessoa se tornar usuária de crack quando o meio social facilita o acesso. Apesar disso, hoje o crack atinge todas as camadas sociais. A pessoa que denunciar o traficante tem sua identidade preservada pelas autoridades policiais, portanto, seu filho usuário não será exposto. Porém, apesar da lei de drogas prever que o uso de drogas não seja punido com restrição de liberdade, o porte de drogas continua sendo crime, embora com pena menos severa o que na realidade no meu modo de pensar é totalmente errado mas não fazemos as leis só tentamos cumpri-las espero que um dia isso tudo mude até lá cada um de nó deve fazer sua parte. FORÇA E HONRA

04/03/2011

O dependente químico em recuperação tem cura?????.

O dependente químico em recuperação é a pessoa que tem uma doença incurável, por isso o dependente está em recuperação pela vida toda, é como se fosse um diabético, não tem cura. Na doença da dependência química não existe culpado, somente responsável, a culpa termina nela própria, e a responsabilidade começa nela própria. Não sou culpado pela doença , mas sou responsável pelo tratamento e o estar em recuperação. O primeiro passo para estar em recuperação é parar de usar, não podemos esperar que algo funcione para nós se as nossas mentes e corpos ainda estiverem intoxicados pelo álcool e outras drogas. O tratamento que só visa a libertação física, o deixar usar as drogas, corre o risco de que nas adversidades, recorrer à 'mesma solução' que é usar drogas, pois não ocorreram as mudanças interiores, ou seja o dependente disponha a buscar ajuda no seu interior, para descobrir um novo caminho que igual a um projeto de vida para resgatar-se como ser-ao-mundo. Em um projeto de vida é fundamental que seja em direção ao outro, ou seja que o outro esteja presente. Tratamento é pensar na vida a fim de resgatar de forma autêntica a experiência do EU e do NÓS. No fundo tratar é o dependente recomeçar a gostar de si mesmo, é valorizar a vida. Mudando a si, ao mesmo tempo muda seu posicionamento no social. O psicólogo Carl Rogers demonstra que em todo organismo, em qualquer nível, existe um movimento em direção ao crescimento. Esse processo é denominado de tendência de realização. Esta tendência de realização pode ser impedida, mas não destruída, a não ser que se destrua o organismo. Por isso afirmamos categoricamente que a drogadição não é uma condição sem esperança, e que existe o tratamento e o estar em recuperação. O dependente químico em recuperação, quando para de usar apresenta a síndrome de abstinência . Sendo aguda e aparece em horas ou dias, sendo demorada e aparece após meses ou anos. Síndrome de abstinência psicológica ocorre na mudança da emoção, os sinais e sintomas são: emocionais- ansiedade [o DQ é o dobro ansioso que a média da população], alteração do humor [mudança brusca de comportamento], agressividade, angústia, irritabilidade, tensão, desorientação no tempo e no espaço, convulsões, paranóia [medo, perseguição, pânico], depressão primária [o DQ gera problemas iguais ao depressivo]. memória - confusão mental, concentração, raciocínio, lapsos de memória, crise de identidade. sono-sono alterado [insônia ou sono pesado], sonhos aumentados [onde as angústias são resolvidas, a fabricação de coisas boas e a esperança de acontecer], pesadelo [ geralmente com a drogadição ]. Síndrome de abstinência física ocorre as mudanças físicas, os sinais e sintomas são - alucinações e delírios, dor de cabeça, cãibras, sudorese, dores musculares, tremores, fadiga, oscilação pressão arterial, taquicardia, febre, náuseas, vómitos, diarréia ou intestino preso, falta de apetite. O dependente após período de tratamento e ao estar em recuperação, começar a construir a sua auto estima através dos seguintes itens - a minha recuperação não é para as pessoas e sim para eu ter equilíbrio na minha vida - sincero e honesto - não utilizar a manipulação - vá com calma, mas vá - estabelecer e cumprir as metas - ser assertivo - quando do ressentimento se perdoar - evitar amigos da ativa, hábitos, lugares, idéias e diversões - trabalhar o bom humor - evitar o isolamento - ame-se, seja seu melhor amigo - escolher a felicidade - identificar as suas forças - ter um sistema de valores racionais - referir-se a si mesmo com nomes positivos - colocar limite para as críticas destrutivas - melhorar-se, tentar coisas novas - decidir qual o meu valor - respeitar seu corpo com alimentos nutritivos e exercícios - meditar, orar, relaxar, tirar tempo para si mesmo. O dependente em recuperação, na condição de pessoa tem inúmeros direitos pessoais, destaco o seguinte - dependendo da maneira que trato as pessoas, tenho o direto de exigir coisas dessas pessoas como por exemplo - RESPEITO A recuperação começa com aplicação dos princípios espirituais contidos nos DOZE PASSOS dos grupos de mútua ajuda [ AA - ALCÓOLICOS ANÔNIMOS , NA - NARCÓTICOS ANÔNIMOS ], em todas as áreas da vida. Ir as reuniões de recuperação dos grupos de mútua ajuda, aprendemos o valor de conversar com outros dependentes que compartilham dos nossos problemas, esperanças, metas, e reconhecemos que um dependente pode compreender e ajudar melhor outro dependente. Na recuperação o dependente além de freqüentar as reuniões dos grupos de mútua ajuda, deve fazer terapia com psicólogos, porque a psicoterapia visa ajudá-lo a se conhecer melhor, e ajudar no combate ao hábito obsesivo e compulsivo da doença. Em recuperação serão apresentados princípios espirituais, como a rendição que é a aceitação da nossa doença e começamos a acreditar, a um nível mais profundo,que também nós podemos nos recuperar e ficamos abertos à mudança , verdadeiramente ocorre a rendição. A rendição significa que não temos mais que lutar. Estamos dispostos a fazer o que for necessário para ficarmos limpos e abstinentes, a tentar um novo modo de vida e até a fazer do que não gostamos. Quando a vida do dependente parece estar a cair aos pedaços, ele concentra-se nas bases do programa dos DOZE PASSOS, e em ver que a rendição é que a vitória, está em admitirmos a derrota perante a drogadição. O vazio deixado pela drogadição é preenchido através da prática e da vivência dos DOZE PASSOS. Quando o dependente admite a sua impotência perante as drogas e que tinha perdido o domínio da sua vida, o dependente abre a porta para que um Deus maior que nós nos ajude. Não é onde estávamos que conta, mas para onde estamos indo que importa. Colocamos a vida espiritual em primeiro lugar e aprendemos a usar esses princípios espirituas como a paciência, tolerância, humildade, mente aberta, honestidade e boa vontade nas nossas vidas diárias. São atitudes novas que nos ajudam a admitir os nossos erros e pedir ajuda. Em recuperação os fracassos são apenas contrariedades temporárias, as crises são, assim, oportunidades para fazer crescer a bagagem de vida, de se ficar mais sábio e para aumentar o crescimento espiritual. Aprendemos que os conflitos são parte da realidade, e aprendemos novas maneiras de resolvê-los, em vez de fugir deles. Aprendemos que, se uma solução não for prática, ela não é espiritual.No passado, transformávamos as situações em problemas; fazíamos uma tempestade de um copo d'água. Foram as nossas grandes idéias que nos trouxeram aqui. Em recuperação, aprendemos a depender de um Deus maior do que nós. Não temos todas as respostas ou soluções, mas podemos aprender a viver sem drogas e um novo modo de vida. Podemos nos manter limpos e apre ciar a vida como ela é, se nos lembramos de viver SÓ POR HOJE. Não somos responsáveis pela nossa doença, apenas pela nossa recuperação. À medida que começamos a aplicar o que aprendemos,nossas vidas começam a mudar para melhor.Descobrimos que nos tornamos capazes de receber assim como de dar. Passamos a conhecer a felicidade, alegria e liberdade. Não existe um modelo de dependente químico em recuperação. Mas sonhos perdidos despertam e surgem novas possibilidades. A recuperação torna-se um processo de aproximação, perdemos o medo de tocar e de sermos tocados. Apren- demos que um simples abraço amigo pode fazer toda a diferença do mundo, quando nos sentimos sozinhos. Experimentamos o verdadeiro amor e a verdadeira amizade. Como dependente em recuperação, temos dificuldades com a aceitação, que é essencial à nossa recuperação. Quando nos recusamos a praticar a aceitação, ainda estamos, de fato, negando a nossa fé num Deus maior que nós. Essa preocupação demonstra que é falta de fé. A rendição da nossa vontade por drogas põe-nos em contato com Deus, que preenche o vazio dentro de nós, que nada podia preencher. Aprendemos a confiar na ajuda de Deus diariamente. Viver SÓ POR HOJE alivia a carga do passado e o medo do futuro. Aprendemos a tomar as atitudes necessárias, e a deixar os resultados nas mãos de um Deus maior do que nós. Gradualmente, à medida que nos centramos mais em Deus, do que em nós mesmos, o nosso desespero se transforma em esperança. A mudança também envolve essa grande fonte de medo, o desconhecido. O nosso Deus é a fonte de coragem que precisamos para encarar este medo. Tudo o que conhecemos está sujeito a revisão, especialmente o que sabemos sobre a verdade. Reavaliamos as nossas velhas idéias, a fim conhecermos as novas idéias que levam a uma nova maneira de viver. Reconhecemos que somos humanos com uma doença física, mental e espiritual. Quando aceitamos que a nossa drogadição causou o nosso próprio inferno e que existe um Deus disponível para nos ajudar, começamos a fazer progressos na solução dos nossos problemas. Na oração da serenidade, vemos que temos algumas coisas temos que aceitar, outras podemos modificar, e a sabedoria para perceber a diferença entre aceitar e modificar, vem com o crescimento espiritual. Se mantivermos diariamente a nossa condição espiritual, será mais fácil lidarmos com a dor e a confusão. Esta é a estabilidade emocional de que tanto precisamos. Qualquer dependente limpo é um milagre.Mantemos o milagre vivo em contínua recuperação através de atitudes positivas. Se, após algum tempo, sentirmos dificuldades com a nossa recuperação, é porque, provavelmente, paramos de fazer alguma das coisas que nos ajudaram nas fases iniciais da recuperação. Os três princípios básicos são honestidade, mente aberta e boa vontade.A honestidade inicial que expressamos é o desejo de parar de usar drogas, em seguida, admitimos honestamente a nossa impotência e o fato de nossas vidas estarem incontroláveis. Uma idéia nova não pode ser colocada numa mente fechada, pois isso temos que ter a mente aberta permitindo-nos a ouvir algo que possa salvar nossas vidas.Permite-nos ouvir pontos de vistadiferentes e tirar nossas próprias conclusões. Nos conduz ao próprio discernimento, o qual nos escapou a vida toda. Aprendemos que é normal não termos todas as respostas, pois assim, podemos ser ensinados e aprender a viver a nossa nova vida com sucesso. Porém, a mente aberta sem boa vontade não nos levará a lugar nenhum. Temos que estar dispostos a fazer o que for necessário para nos recuperarmos. Nunca se sabe quando chegará o momento em que precisaremos usar todo o esforço e energia que temos, só para nos mantermos limpos. Honestidade, mente aberta e boa vontade trabalham lado a lado, a falta de um destes princípios espirituais no nosso programa pessoal pode levar à recaída e, certamente,tornará a recuperação difícil e dolorosa, quando poderia ser simples. Existem outras pessoas que nos ajudam a desenvolver uma atitude de amor e de confiança nas nossas vidas, exigimos menos e damos mais. Demoramos para ficarmos com raiva e perdoamos com mais rapidez. Onde tem havido o erro, o programa nos ensina o espírito do perdão. Se nos encontrarmos numa situação difícil ou sentirmos a chegada de problemas, aprendemos a procurar ajuda antes de tomarmos decisões difíceis. Sendo humildes e pedindo ajuda, podemos atravessar os momentos mais duros. Eu não posso, nós podemos !!! Começamos a nos conhecer pela primeira vez.Experimentamos sensações novas - amar, ser amado, saber que as pessoas se importam conosco, e sentir interesse e compaixão pelos outros. Damos por nós fazendo coisas que nunca pensamos em fazer, e gostando de fazê-las. Cometemos erros, e aceitamos e aprendemos com eles.Experimentamos o fracasso e aprendemos a ter sucesso. Muitas vezes, temos que encarar algum tipo de crise na nossa recuperação, como a morte de um ente querido, dificuldades financeiras, ou um divórcio. São realidades da vida que não se vão só porque estamos limpos. Alguns de nós, mesmo depois de anos em recuperação, ficam sem emprego, sem casa ou sem dinheiro. Alimentamos o pensamento de que não estava valendo a pena ficarmos limpos e os velhos pensamentos incitam a autopiedade, o ressentimento e a raiva. Não importa o quão dolorosa as tragédias da vida possam ser para nós, uma coisa é certa - não temos que usar drogas, aconteça o que acontecer !!! Aprendemos a valorizar o respeito dos outros. Ficamos felizes quando as pessoas possam contar conosco. Pela primeira vez nas nossas vidas, podemos ser solicitados para cargos de responsabilidades em organizações na sociedade. Nossas opiniões são procuradas e respeitadas pelas outras pessoas . Conseguimos apreciar nossas famílias de uma nova maneira, e ser de valor para eles, e não um fardo ou um embaraço, hoje a família podem se orgulhar de nós. Nossos interesses individuais podem se ampliar e incluir questões sociais ou políticas. Passatempos e diversões dão-nos um novo prazer. É uma sensação boa sabermos que, além de sermos úteis ao outros como dependente em recuperação, também temos valor como seres humanos. Ajudar os outros é talvez a mais elevada aspiração da alma humana, e levar a mensagem de que existe recuperação para o dependente químico na ativa, pode ser conseguida quando o dependente em recuperação, mostrar através do seu exemplo de uma vida vivida de acordo com os princípios espirituais, é realmente a mensagem mais poderosa que podemos transmitir. Voltamos a lembrar, que um dependente pode compreender e ajudar melhor um outro dependente. Em recuperação, nos esforçamos por sentir gratidão,pela contínua consciência de Deus. Sempre que nos encontamos com uma dificuldade que achamos que não conseguimos resolver, pedimos a Deus que faça por nós o que não podemos fazer. O crescimento espiritual é um processo contínuo. Experimentamos uma visão mais ampla da realidade, à medida que crescemos espiritualmente. É possível que o dependente em recuperação esteja extremamente doente mentalmente e ainda assim possua uma `vontade de crescer' muito forte, neste caso, a cura realizar-se-á , através da espiritualidade. Espiritualidade é a qualidade do relacionamento com que ou com o que é mais importante na minha vida. Eu sou o mais importante, sou eu que persigo essa qualidade de vida, que é formado pelos relacionamentos que tenho com os pontos da minha vida, que são os seguintes - profissional ................................. ter disciplina físico e financeiro ...................... ter aceitação social e lazer ................................ ter auto respeito familiar ......................................... ter unidade emocional e espiritual ............... ter honestidade, que é acreditar em DEUS, em AA e NA, no EU, no OUTRO. Quando nos amamos, somos capazes de amar verdadeiramente os outros. O amor é a vontade de se esforçar para crescer espiritualmente. As pessoas genuinamente amorosas são, por definição, pessoas que crescem. Pois a jornada rumo ao crescimento espiritual exige coragem, iniciativa e independência de pensamentos e ações. Descobrimos que a maneira de continuarmos a ser pessoas produtivas e responsáveis da sociedade é colocarmos a nossa recuperação em primeiro lugar. Só o fato em parar de usar drogas e ter uma postura de bem viver, já estamos contribuindo e sendo produtivos para a sociedade. Na frase de Cristo - "Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos", poderia ser traduzida como, "Todos nós somos chamados para estar em recuperação e para ela, mas poucos escolhem escutar o chamado". REFERÊNCIAS: -Texto basico de narcoticos anonimos -a trilha menos percorrida - Scott Peck

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